
Procon pode multar a Microsoft pelo aumento do Game Pass? Conversamos com um advogado; veja
Publicado em 9 de outubro de 2025 às 14:54
2 min de leituraO salto do preço do Game Pass, principalmente em sua modalidade mais completa, o chamado Ultimate, que passou de R$ 60 para R$ 120, provocou uma onda de reclamações no Procon e deixou consumidores brasileiros em dúvida: a Microsoft tem direito de aumentar dessa maneira? O Hardware.com.br conversou com exclusividade com Felipe Lima, advogado especialista em Defesa do Consumidor do escritório Silveiro Advogados, para entender o que diz a lei.
Um panorama sobre o aumento do Game Pass
Em 30 de setembro de 2025, a Microsoft anunciou uma reformulação completa do Xbox Game Pass no Brasil, criando três novos planos: Essential (R$ 34,90), Premium (R$ 54,90) e Ultimate (R$ 119,90). O plano mais caro, que antes custava R$ 59,90, praticamente dobrou de valor. Outro reajuste significativo foi o Game Pass PC que passou de R$ 35,99 para R$ 69,90 ( esse plano mantém jogos em day-one).
A empresa justificou o reajuste de 100% com a inclusão de novos benefícios ao plano Ultimate: acesso ao Ubisoft+ Classics (biblioteca de jogos clássicos da Ubisoft), Clube Fortnite (benefícios mensais do jogo) e a promessa de mais de 75 lançamentos por ano, incluindo franquias como Call of Duty disponíveis no dia do lançamento.
Plano Preço Anterior Novo Preço Status
Game Pass Core R$ 34,99 — Extinto
Game Pass Essential — R$ 43,90 Novo
Game Pass Standard R$ 44,99 — Extinto
Game Pass Premium — R$ 59,90 Novo
Game Pass PC R$ 35,99 R$ 69,90 Reajustado
Game Pass Ultimate R$ 59,99 R$ 119,90 Reajustado
No comunicado oficial, a Microsoft enfatizou que estava oferecendo “mais conteúdo premium” e “experiências ampliadas” para justificar o novo preço. A empresa também destacou que os novos planos trazem “o melhor valor para diferentes tipos de jogadores”.
Mas a justificativa não convenceu os consumidores brasileiros. Nas redes sociais e no Reclame Aqui, milhares de usuários classificaram o aumento como “abusivo” e reclamaram de serem obrigados a pagar por serviços que não desejam. “Não jogo Fortnite e não quero jogos da Ubisoft. Por que sou obrigado a pagar por isso?”, questionou um assinante no Reclame Aqui.
O principal ponto de conflito está no fato de que recursos que já existiam no plano Ultimate — como acesso a jogos AAA no dia do lançamento — continuam exclusivos desse plano, agora com preço duplicado. Não há opção intermediária que ofereça lançamentos sem os extras adicionados, o que muitos consumidores interpretam como venda casada
O que o CDC diz sobre reajuste de preços?
Fonte: Hardware.com.br
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