
Treino de 5 minutos já ajuda a identificar rostos falsos criados por IA, mostra estudo
Publicado em 30 de dezembro de 2025 às 08:00
2 min de leituraCinco minutos de treinamento podem melhorar significativamente a capacidade das pessoas de identificar rostos criados por inteligência artificial (IA). Essa é a principal conclusão de um estudo conduzido por pesquisadores das universidades de Leeds, Reading, Greenwich e Lincoln, no Reino Unido, publicado na revista científica Royal Society Open Science.
O ponto de partida da pesquisa é um problema cada vez mais comum. Hoje, programas de IA conseguem criar rostos que parecem totalmente reais, embora nunca tenham pertencido a ninguém.
Essas imagens já são usadas para criar perfis falsos em redes sociais, burlar sistemas de verificação de identidade e servir de base para deepfakes, que podem ser usados em golpes, campanhas de desinformação ou fraudes digitais.
Para medir o tamanho dessa dificuldade, os pesquisadores reuniram 664 voluntários. Parte do grupo era formada por pessoas com uma habilidade rara de reconhecer rostos muito acima da média, conhecidas como super-reconhecedores; o restante tinha desempenho considerado típico nesse tipo de tarefa.
No primeiro experimento, os participantes viam imagens de rostos, um de cada vez, como as exibidas na foto de capa desta matéria. Cada uma podia ser real ou criada por computador. A tarefa era decidir, em até dez segundos, se aquela face pertencia a uma pessoa real ou não.
As imagens artificiais usadas no estudo foram produzidas com o StyleGAN3, um dos algoritmos mais avançados para gerar rostos artificiais disponíveis na época, desenvolvido pela Nvidia.
Os resultados iniciais foram fracos. Sem qualquer treinamento, os super-reconhecedores acertaram apenas 41% das vezes ao identificar rostos falsos. Já os participantes com habilidades comuns tiveram desempenho ainda pior, com cerca de 30% de acertos.
Em muitos casos, eles julgavam rostos artificiais como reais, mais do que fariam por puro chute. Ou seja, eram enganados com facilidade pela aparência “perfeita” dessas imagens.
O treinamento
Na etapa seguinte do estudo, um novo grupo de participantes passou por um treinamento rápido, de cerca de cinco minutos. Durante esse tempo, eles aprenderam a observar pequenos detalhes que costumam denunciar rostos artificiais.
Entre esses sinais estavam dentes estranhos ou desalinhados, às vezes em número errado ou com formatos irregulares; linhas de cabelo que parecem “mal encaixadas” na testa ou nas laterais do rosto; pele excessivamente lisa, sem poros, manchas ou variações naturais; olhos com brilho artificial ou que não parecem olhar exatamente na mesma direção.
Fonte: Superinteressante
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