
Muitos lagartos prosperam na natureza mesmo após perder um membro, revela estudo
Publicado em 23 de outubro de 2025 às 19:00
2 min de leituraPerder uma parte do corpo na natureza parece ser uma sentença de morte. Sem um braço ou uma perna, afinal, as chances de caçar, fugir de predadores ou se reproduzir diminuem drasticamente. Mas isso nem sempre é verdade.
Uma nova pesquisa mostrou que pequenos lagartos conseguem com frequência não só sobreviver, mas também prosperar, mesmo após perderem uma das patas.
Tudo começou com James Stroud, biólogo evolutivo do Instituto de Tecnologia da Geórgia, que notou que encontrava, com frequência, lagartos sem perninhas na natureza.
“De geckos a iguanas, camaleões a lagartos – sem patas, sem pedaços das pernas, até mesmo sem membros INTEIROS. E muitos pareciam… saudáveis? Gordos, até?”, contou ele em seu perfil do Bluesky. O pesquisador apelidou carinhosamente esses animais de “lagartos piratas de três pernas”.
Comentando esses avistamentos com outros pesquisadores, Stroud descobriu que a cena era mais comum do que imaginava.
Stroud e seus colegas biólogos sempre presumiram que até mesmo pequenas diferenças no comprimento das pernas poderiam comprometer a habilidade desses animais de fugir de predadores ou caçar presas, e que, portanto, lagartos sem membros seriam muito raros.
Intrigado, o cientista decidiu investigar se esses casos isolados poderiam representar um padrão mais amplo. O resultado foi uma espécie de rede científica global: dezenas de pesquisadores, de quatro continentes, começaram a enviar imagens e relatos de lagartos pernetas sobreviventes. No total, foram registrados indivíduos de 58 espécies diferentes.
A descoberta, publicada recentemente na revista The American Naturalist, mostra que a perda de um membro, embora rara (atingindo menos de 1% das populações), não é necessariamente fatal. Alguns lagartos, surpreendentemente, parecem prosperar mesmo sem uma pata.
“O mais notável é que documentamos sobrevivência até mesmo entre camaleões, que são especialistas em subir em árvores e cujos movimentos parecem exigir coordenação perfeita dos membros”, escrevem Stroud e Jonathan Losos, também autor do estudo, no site The Conversation.
O estudo revelou ainda algo contraintuitivo: certos lagartos amputados apresentavam peso acima da média e sinais de reprodução ativa. Em outras palavras, não apenas sobreviveram, mas continuaram a se alimentar com abundância e se reproduzir com sucesso.
Isso não acontece com todos, claro: muitos devem morrer pouco após perder seus membros, e por isso nunca são avistados por pesquisadores. Mas há exceções.
Fonte: Superinteressante
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