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Negros, castanhos, azuis e até bicolores: a ciência que determina a cor dos nossos olhos
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Negros, castanhos, azuis e até bicolores: a ciência que determina a cor dos nossos olhos

Publicado em 18 de setembro de 2025 às 14:00

2 min de leitura

Davinia Beaver é pesquisadora na Universidade Bond, na Austrália. O texto abaixo saiu no site The Conversation.

Você é apresentado a alguém e sua atenção logo é atraída pelos olhos dessa pessoa. Eles podem ser de um castanho rico e terroso, de um azul pálido ou de um verde raro que muda a cada cintilação da luz. Os olhos têm uma maneira de nos capturar, despertar reconhecimento ou curiosidade antes mesmo de uma única palavra ser dita. Eles são frequentemente a primeira coisa que notamos em alguém e, às vezes, a característica que mais lembramos.

Em todo o mundo, os olhos humanos apresentam uma ampla variedade de cores. O castanho é, de longe, a tonalidade mais comum, especialmente na África e na Ásia, enquanto o azul é mais frequente no norte e no leste da Europa. O verde é o mais raro de todos, encontrado em apenas cerca de 2% da população global. Os olhos castanhos-claros acrescentam ainda mais diversidade, parecendo muitas vezes alternar entre o verde e o castanho, dependendo da luz.

Então, o que está por trás dessas diferenças nas cores dos olhos?

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Tudo está na melanina

A resposta a esta pergunta está na íris, o anel colorido de tecido que circunda a pupila. Aqui, um pigmento chamado melanina faz a maior parte do trabalho.

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Os olhos castanhos contêm uma alta concentração de melanina, que absorve a luz e dá sua aparência mais escura. Os olhos azuis contêm muito pouca melanina. Sua cor não vem de um pigmento, mas da dispersão da luz dentro da íris, um efeito físico conhecido como efeito Tyndall, um pouco parecido com o efeito que faz o céu parecer azul.

Nos olhos azuis, os comprimentos de onda mais curtos da luz (como o azul) são espalhados de forma mais eficaz do que os comprimentos de onda mais longos, como o vermelho ou o amarelo. Devido à baixa concentração de melanina, menos luz é absorvida, permitindo que a luz azul espalhada domine o que percebemos. Esta tonalidade azul não resulta de pigmento, mas da forma como a luz interage com a estrutura do olho.

Os olhos verdes resultam de um equilíbrio, uma quantidade moderada de melanina combinada com a dispersão da luz. Os olhos castanhos são ainda mais complexos. A distribuição desigual da melanina na íris cria um mosaico de cores que pode mudar dependendo da luz ambiente circundante.

O que os genes têm a ver com isso?

A genética da cor dos olhos é igualmente fascinante.

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Fonte: Superinteressante

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